16 de julho de 2011

Matheus Marinho de Farias*

Primeiros dias de vida...
O recém-nascido provavelmente vai parecer estar meio "encolhido", com as pernas e braços ainda não totalmente esticados. Isso é normal e ele acaba se soltando aos poucos, à medida que se acostumar a estar fora da barriga.
Não se preocupe caso as pernas dele pareçam arqueadas, porque elas se estenderão ao longo de um processo de alongamento que deve durar até os 5 ou 6 meses. Vale lembrar que bebês que estavam na posição sentada, dentro do útero, muitas vezes ficam com as pernas para cima. Não se assuste, é normal!
Ao final do mês, o bebê poderá levantar um pouco a cabeça quando estiver de bruços e também virá-la de um lado para o outro. Movimentos bruscos dão lugar a outros mais delicados com o amadurecimento do sistema nervoso e do controle muscular. Mesmo assim, os reflexos primitivos da criança, como sugar e chupar as mãos, continuam a ser os movimentos mais comuns.
Recém-nascidos estão se ajustando a um mundo novo, muito diferente do conforto e proteção do útero materno, por isso muitos bebês gostam de ser embrulhados , ou seja, ficar envoltos de forma um pouco mais firme por um cueiro ou manta, como no "charutinho" de antigamente.
Comer é a atividade mais importante da vida de seu recém-nascido, e dormir vem num segundo lugar bem próximo. A maioria dos recém-nascidos vai querer se alimentar a cada duas ou três horas.
Os padrões de sono são igualmente intermitentes. Grande parte dos recém-nascidos dorme por 16, 17 horas em um período de 24 horas, mas isso costuma se dividir em blocos de cerca de oito horas.
Até o final do mês, seu bebê poderá chegar a algum tipo de regularidade na alimentação ou no sono, embora exista a chance de levar meses até que você consiga notar esse tipo de padrão.
Seu filho ainda não tem o que se possa chamar de um temperamento formado ou uma personalidade definida. Isso não quer dizer, contudo, que ele não se expresse da única forma que sabe: chorando. Ele passa o tempo entre diversos estágios do sono ou entre estar tranquilo ou alerta e ativo.
Com o correr dos dias, com os estímulos que recebe, o bebê passa a organizar melhor os períodos de sono, e vai guardar períodos de sono maiores para a noite.
Após o trauma do nascimento, a criança agora tenta lidar com os constantes estímulos a que é submetida. Nesta etapa, o bebê fica calmo e sereno quando você conversa com ele ou o segura. Ele pode até emitir algum som ao ouvir sua voz e vislumbrar seu rosto.
A maioria dos bebês adora colo, carícias, beijos, massagens e voltinhas pela casa. O toque é um importante meio de comunicação entre vocês dois.
A visão do bebê ainda é bastante imprecisa. O rosto da mãe é a coisa mais interessante do mundo. Em seguida vêm os objetos de cores contrastantes, por isso é um bom momento para apresentar brinquedos em branco e preto e móbiles.
O alcance da visão aqui é de apenas cerca de 30 centímetros. Em outras palavras, o bebê consegue ver claramente o rosto de alguém que o segura, mas não muito além disso. Pesquisas mostram que os bebês preferem a face humana a qualquer outro desenho ou cor. Então, fique bem pertinho e fale com ele para que seu filho possa estudar todos os detalhes do seu rosto. Não estranhe se ele ficar "vesgo" de vez em quando. O estrabismo nesta fase só preocupa se for constante, não ocasional.
Você vai notar breves momentos em que seu recém-nascido está quieto, porém alerta. Essa é a hora ideal para aprender, portanto aproveite para conversar e brincar. Se, porém, você tentar interagir e ele não parecer receptivo, pode ser que esteja com sono ou já esteja em um estado mais irrequieto.
Mesmo cedo assim, os bebês conseguem reconhecer pessoas e gestos intuitivamente - às vezes chegam até a imitá-los. Para ajudar seu bebê a copiá-lo, chegue bem perto, mostre a língua ou movimente suas sobrancelhas. Repita os gestos e depois dê um tempo para que ele possa imitar você. Pode levar alguns minutos, e pode ser até que o bebê nem faça nada, mas pode ter certeza de que ele definitivamente ficou de olho no que você fez.


















1 mês de vida...
No primeiro mês de vida, já é possível perceber a evolução motora, psíquica e o equilíbrio emocional do bebê. Ele já não é mais tão mole e passivo como o recém-nascido.
Nessa fase, já pode distinguir o claro e o escuro, pára de chorar quando vê algum objeto interessante na sua frente, fica satisfeito durante o banho, segura o dedo da mãe, se aquieta no colo, o sono já começa a ser um pouquinho mais constante, começa a ficar deitado de lado no berço, e ainda dorme o dia todo.
A postura característica do bebê de um mês é com os membros flexionados, mãos fechadas e a cabeça oscilante, ou seja, tende a cair para trás quando pegamos no colo. Se o bebê é deitado de bruços, consegue ajeitar sua cabeça para poder respirar.
Sua evolução motora pode ser percebida no interesse que releva por objetos brilhantes e por fisionomias humanas. Quando concentra sua atenção, os movimentos de braços e pernas param um pouco. Sua visão só é boa de perto, ainda falta acomodação visual. Ele enxerga os rostos como grandes manchas. Mesmo assim, já consegue reconhecer sua mãe, especialmente através do cheiro e da voz. Ele começa a demonstrar seu comportamento emocional fixando o olhar na mãe em busca de segurança.
Com um mês de vida o bebê já está mais adaptado à vida fora da barriga. Ele começa a entrar no ritmo da casa, se habituar aos ruídos externos, aos horários, às pessoas, e reage negativamente às mudanças bruscas.
Com alguns pequenos testes os pais vão notar sinais do desenvolvimento da inteligência do bebê nesse primeiro mês.
- O primeiro teste mostra que o bebê agarra o que alcança: coloque o dedo na palma da mão aberta do bebê. Rapidamente, ele vai fechar a mão agarrando o dedo.
- O segundo teste mostra que o bebê se acalma com vozes suaves e conhecidas. Se a mãe canta para o filho quando ele está chorando, o bebê se tranqüiliza e muitas vezes para de chorar.
O próprio esforço do bebê para apanhar o bico do seio para mamar é uma grande prova de inteligência. Se o bebê está mamando e o bico sai da sua boca, rapidamente ele move a cabeça, com a boca aberta, para tentar abocanhar novamente.







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